Descrição
Pintor, desenhista, gravador, escultor, ilustrador, cenógrafo e professor, Roberto Magalhães é um ícone dos artistas plásticos da “Geração 60” no Brasil.
Frequentou cursos da Escola Nacional de Belas Artes (Enba), como aluno livre. Nos anos 60 participou de várias coletivas, no Brasil e no exterior, tornando-se um dos principais integrantes do grupo de jovens pintores que fizeram a revolucionária exposição Opinião 65, no MAM-RJ. Em 1962, expõe desenhos a nanquim na Galeria Macunaíma, anexa à Enba; em 1964, realiza sua primeira individual de xilogravuras, na Petite Galerie (Rio de Janeiro), e recebe, no ano seguinte, o prêmio de gravura da 4ª Bienal de Paris. Segue para a capital francesa, em 1967, depois de ganhar o prêmio viagem ao exterior no 15º Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM), em 1966, com a xilogravura Édipo Decifra o Enigma da Esfinge.
Em Paris expõe com Antonio Dias (1944) na Galeria Debret, em 1968. Estudos de ocultismo, teosofia e, sobretudo, a aproximação ao budismo a partir de 1969 levam-no a residir por quatro anos no Centro de Meditação da Sociedade Budista do Brasil, quando interrompe a atividade artística. Em 1975, recomeça o trabalho com arte por meio de exposições individuais de desenho e pintura no Rio e em São Paulo, e de aulas no MAM-RJ. Integra coletivas de gravuras e desenhos, na década de 1980. Em 1992, o CCBB-RJ organiza uma retrospectiva dos 30 anos de produção do artista, a maior dedicada a sua obra.